Parto natural
É o parto que ocorre sem qualquer intervenção médica: sem indução com ocitocina sintética ou outros fármacos, sem analgesia ou anestesia, sem instrumentos, sem episiotomia.
Podem, no entanto, ser usados métodos naturais para alívio da dor, como massagens, posições facilitadoras, água quente, técnicas de respiração, entre outros. Pode acontecer em casa, em casas de parto ou em ambiente hospitalar.
Parto normal
É a expressão frequentemente utilizada para designar qualquer tipo de parto via vaginal, independentemente de serem usados instrumentos (como fórceps ou ventosa), da posição adotada, do uso de epidural ou do local onde ocorre (hospital, casa ou casa de parto). Pode ser humanizado ou não.
Parto vaginal
Refere-se ao nascimento do bebé pela via vaginal. Pode incluir partos com ou sem intervenções, com ou sem instrumentos.
Parto eutócico
É o parto vaginal que decorre sem necessidade de intervenções médicas ou instrumentais, ou seja, sem o uso de fórceps ou ventosa.
Parto distócico
Diz respeito a todos os partos com intervenção médica que ultrapassam a fisiologia, como partos instrumentados ou cesarianas.
Parto instrumentado
É aquele em que se utilizam instrumentos como fórceps ou ventosa para auxiliar a saída do bebé, geralmente quando este já se encontra descido na bacia materna. Trata-se de um procedimento médico, realizado por profissionais qualificados. Quando corretamente executado, não causa danos à mãe ou ao bebé.
Cesariana
Procedimento cirúrgico que consiste numa incisão no abdómen e útero da mulher para a retirada do bebé. Pode ser:
• Planeada: por motivos médicos ou a pedido da mulher;
• Urgente: quando surge uma situação inesperada durante o trabalho de parto que coloca em risco a saúde da mãe ou do bebé.
Parto de cócoras
É um tipo de parto vaginal em que a mulher adota a posição agachada no período expulsivo. Esta posição facilita a abertura da bacia e, por isso, pode tornar o nascimento mais rápido e menos traumático.
Parto no domicílio
É o parto que ocorre em casa, planeado e geralmente acompanhado por enfermeiras especialistas em saúde materna e obstétrica (EESMO). Pode ser realizado na água ou fora dela, e deve cumprir critérios rigorosos de segurança.
Parto na água
O bebé nasce dentro de uma banheira ou piscina com água morna. A água ajuda a relaxar, promove o alívio natural da dor e oferece um ambiente suave para o nascimento. Pode ser feito em casa ou em algumas unidades hospitalares com condições adequadas.
Parto humanizado
Não é um tipo de parto específico, mas sim uma abordagem que pode ser aplicada a qualquer parto — vaginal ou cesariana. O foco está no respeito pela mulher, pelas suas escolhas e pelo seu plano de parto. As intervenções, quando necessárias, são feitas com consentimento informado e atenção ao bem-estar físico e emocional da mulher. Pode ocorrer em casa, em casas de parto ou em hospitais.
Parto de Lótus
Neste tipo de parto, o cordão umbilical não é cortado após o nascimento. O bebé mantém-se ligado à placenta até o cordão se soltar naturalmente — o que pode levar cerca de 3 a 10 dias. A placenta é conservada em ambiente limpo, geralmente em recipiente específico com ervas ou sal.
Parto Leboyer (ou “Nascer sorrindo”)
Inspirado pelo médico francês Frédérick Leboyer, autor do livro Nascer Sorrindo(originalmente Birth Without Violence), este método procura oferecer ao bebé uma chegada ao mundo mais tranquila e menos agressiva. O parto é conduzido num ambiente silencioso, com luz suave, sem ruídos ou estímulos invasivos. O corte do cordão é tardio, permitindo a transição gradual da vida intrauterina. O toque é suave, o bebé é recebido com calma e respeito. Pode ocorrer em ambiente hospitalar ou domiciliar, em partos vaginais ou cesarianas — e até na água.
O objetivo principal é garantir que o bebé não nasça a chorar, mas a sorrir.