A Versão Cefálica Externa (VCE) é oferecida a todas as grávidas em que o bebé se encontra na situação transversa (atravessado) ou em apresentação pélvica (de rabo para baixo) e não haja contraindicação para a sua realização.
Apesar do nome complicado, a técnica é bem simples: um médico especializado tenta virar o bebé que está sentado, ou atravessado na barriga, para a posição de cabeça para baixo. Não é um procedimento invasivo, sendo que toda a manobra é feita externamente.
O momento ideal para a sua execução é por volta das 36 semanas, não só porque permite que até aí o bebé se coloque espontaneamente de cabeça para baixo, mas também porque no caso de ser necessária uma cesariana, existe maior probabilidade de maturidade fetal nesta altura. Na verdade, a VCE pode ser realizada até durante o trabalho de parto desde que as membranas ainda estejam íntegras.
A versão poderá ser feita a 2 ou 4 mãos (1 ou 2 médicos)
Todo o procedimento é monitorizado com ecografia.
Habitualmente serão feitas três tentativas de versão com intervalos entre 3 a 5 minutos entre elas, mas isso poderá variar de acordo com o serviço e com as condições mais ou menos favoráveis.
Poderá solicitar a qualquer altura a interrupção de todo o processo.
A VCE é uma manobra segura, embora não totalmente isenta de complicações. Por isso, o procedimento é geralmente feito no hospital, com a grávida em jejum, com uma sala de cirurgia disponível para uma eventual cesariana de emergência (situação de extrema raridade). A complicação embora rara, mais comum é a diminuição transitória da frequência cardíaca do bebé que melhora com a interrupção do procedimento e a colocação da grávida deitada do lado esquerdo.
A taxa de sucesso pode variar de 30 a 80%, dependendo de onde ela é feita e menos de 5% dos bebés virados, poderão voltar novamente à posição de pelve.
Tem menos riscos/complicações a VCE do que a realização de uma cesariana.