Uma cesariana bem indicada e bem realizada é uma cirurgia salvadora.

Nas últimas décadas, verifica-se uma alarmante subida das taxas de cesariana em todo o mundo. Diversos estudos apontam que taxas superiores a 15%-20% não resultam em redução das complicações e da mortalidade materna e neonatal, pelo contrário, podem estar associadas a resultados prejudiciais tanto para a mãe como para o bebé.

A cesariana está indicada sempre que existam situações em que o prolongar da gravidez/trabalho de parto possa acarretar risco para o bebé ou para a mãe.

 

Existem 3 grupos de indicações:

1 – Cesariana por déficit de oxigénio para o bebé:

  • devido a mau funcionamento da placenta;
  • DPPNI – descolamento prematuro da placenta – esta descola do útero e a oxigenação do bebé fica comprometida;
  • prolapso do cordão umbilical – o cordão sai do útero e vem para vagina com o risco da cabeça do bebé o comprimir;
  • alteração da vitalidade do bebé durante o trabalho de parto – que vai ser mostrada pela alteração da frequência cardíaca do bebé.

 

2 – Distocias

  • situação transversa – o bebé está atravessado;
  • incompatibilidade Feto-Pélvica Absoluta – incompatibilidade entre o tamanho do bebé e a bacia da mãe – este diagnóstico só poderá ser feito durante um trabalho de parto;
  • incompatibilidade feto-pélvica relativa – a posição adotada pelo bebé “não encaixa” na pelve da mãe;
  • bebé sentado numa primeira gravidez – uma vez que é a cabeça do bebé que apresenta as maiores dimensões, num parto vaginal depois que a cabeça sai, o resto do corpo geralmente apresenta menor dificuldade em sair. Numa situação de pelve, numa mulher que nunca teve um bebé de parto normal, não temos a certeza de que terá uma bacia compatível. Mas a indicação para cesariana pode ser questionável de acordo com o peso do bebé e a vontade da mãe.

 

3 – Doenças Maternas

  • mãe portadora de VIH, se na altura do parto ela apresenta nº de cópias viral muito elevada (maior risco de contaminação fetal);
  • herpes vaginal ativa – maior risco de contaminação fetal;
  • miomectomia múltipla – devido às várias cicatrizes uterinas, o risco de rotura é maior;
  • placenta prévia – a placenta está localizada muito perto do colo ou até sobre o mesmo provocando risco aumentado de sangramento quando o colo uterino começar e dilatar;
  • outras doenças maternas – deverá ser discutido com o especialista para ponderar o risco/beneficio da realização de cesariana.

 

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