A escolha

Existem diferentes métodos de indução do trabalho de parto. A escolha por um ou outro método vai depender, entre outras coisas de: protocolo do serviço, o n.º de gravidezes, tipos de partos prévios, patologias maternas e fetais associadas, condições obstétricas.

Independentemente da escolha do método, poderá sempre conversar com o profissional que a está a vigiar e saber qual o plano traçado para si, qual o objetivo, como vai decorrer a indução e o que esperar. Assim, iremos falar de algumas técnicas de indução do trabalho de parto, umas naturais outras não.

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Descolamento de membranas

Por vezes, na consulta de termo e durante o toque vaginal, é feita a separação da bolsa d’água da parede do útero com o intuito de provocar a libertação de prostaglandinas e assim induzir o trabalho de parto.

A sua execução “por rotina” parece não apresentar benefícios. Talvez possa ponderar proceder ao descolamento a partir das 40 semanas para evitar a gravidez pós-termo, se esta for a sua vontade.

É um procedimento doloroso (por isso chamado por alguns de “toque maldoso”) e pode levar a rotura prematura de membranas e à perda de sangue (geralmente em pouca quantidade).

É considerado bem-sucedido quando o trabalho parto se inicia dentro das próximas 48 horas, após a sua realização.

Se o colo do útero não reunir as condições ideais (índice de Bishop favorável), a maioria das vezes será feito em vão.

Este procedimento, deve ser-lhe explicado e deverá dar o seu consentimento.

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Coito Desprotegido

Ao contrário do que muita gente pensa, praticar sexo na gravidez não faz mal, pode (e deve) ser feito do primeiro ao último dia de gestação. Oferece benefícios, físico e emocional, uma vez que proporciona uma aproximação afetiva entre o casal. Portanto, só deve ser evitado se houver orientação médica para tal.

A relação sexual/ “fazer amor” pode ajudar a induzir o parto de três formas:

– fazer amor, assim como qualquer momento de intimidade, como beijar, abraçar, acariciar, promove a libertação de ocitocina (hormona do amor), que atuando sobre as fibras uterinas provoca contrações.
– O orgasmo estimula a produção de várias hormonas que provocam a contração uterina;
– O sêmen contém prostaglandina, que amolece e transforma o colo uterino, de uma forma mais natural.

Mas a relação sexual não faz “milagres”. É necessário que o bebé já esteja pronto e de uma certa forma, queira nascer. Na verdade, pode dar o empurrãozinho que falta.

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Sonda de Foley

É outra forma de induzir o trabalho de parto, através da colocação de uma algália no colo do útero.  Esta, tem um balão que será colocado dentro da cavidade uterina, entre a parede do útero e a bolsa d’água e estimula mecanicamente o colo uterino, promove a produção de prostaglandinas e, desta forma desencadeia a contratilidade uterina.  Este procedimento requer que a grávida esteja internada.

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Óleos Essenciais/ Aromaterapia

Desde há milhares de anos, em diferentes partes do mundo, têm sido utilizadas plantas aromáticas com fins medicinais e cosméticos. A aromaterapia como a conhecemos atualmente surgiu no século XX. É uma terapia que usa essências, óleos essenciais e hidrolatos aromáticos extraídos de partes aromáticas de plantas medicinais para curar patologias de carácter físico, emocional e mental.

A escolha dos óleos e o modo de usá-los devem ser sempre orientados por um aromaterapeuta credenciado, uma vez que alguns óleos estão contraindicados na gravidez.

O seu uso requer certas precauções:

– Não devem ser aplicados diretamente na pele;

– Não devem ser injetados por via IM ou EV;

– Não deixar o óleo essencial com a tampa aberta, pois são voláteis;

– Usar óleos essenciais biológicos;

– Usar óleos certificados.

Embora os resultados de estudos científicos sejam atualmente inconclusivos e as revisões concluam que são necessários mais estudos, um grande número enfatiza a satisfação e os benefícios maternos sobre o uso da Aromaterapia na indução do trabalho de parto.

Os tratamentos com óleos essenciais são feitos a partir das 39 semanas para estimular o início do trabalho de parto.
Podem ser aplicados através de massagens e em banhos imersão (mistura de óleos com sal marinho e água morna)

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Rebozo

O rebozo é uma peça de tecido mexicana usada por muitas mulheres durante a gravidez e o parto, com o objetivo de ajudar as grávidas a relaxar, quer seja no pré, intra ou mesmo o pós-parto.

Durante a gravidez o rebozo pode ser usado com várias finalidades:

  1. Para fazer massagem e aliviar o desconforto lombar;
  2. Auxiliar no início de trabalho de parto, através de movimentos/ massagens mais enérgicas; encaixe do bebé na pelve;
  3. Mobilizar o bebé dentro da cavidade uterina, quando há posições anómalas;
  4. Alívio do desconforto das contrações uterinas no trabalho de parto;
  5. Oferecer conforto/ calor/ aconchego à grávida;
  6. Sustentar a grávida quando em posição de cócoras;
  7. Soltar tensões e rigidez corporal.

Não existem contraindicações absolutas para o uso desta peça multifacetada. Contudo, é necessário ter conhecimentos de anatomia e fisiologia da mulher.

Também é de frisar que o uso do rebozo é desaconselhado em gravidezes de risco e se houver rotura de membranas com apresentação fetal alta, pelo risco de prolapso do cordão.

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Acupuntura

A acupunctura é uma técnica milenar com origem na região da atual República Popular da China, baseada no princípio do equilíbrio de Energia Vital (Qi) e Sangue (Xue) que circulam pelo organismo e pode ser usada para alívio da tensão, induzir e acelerar trabalho de parto.

Como técnica de indução do trabalho de parto é usada há bastante tempo. É uma opção viável e segura. Como em qualquer outra situação deve ser efetuada por profissionais certificados e que tenham experiência com grávidas.

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Rotura Artificial de Membranas (RAM)

Durante a gravidez, o feto vive e cresce dentro do útero, numa estrutura complexa formada por membranas e líquido amniótico, chamada bolsa de águas. Inicialmente, o líquido produzido pela mãe e a partir do 4º mês, pelo bebé.

O bolsa de águas desempenha várias funções como: proteger o bebé de impactos, de infeções, manutenção do ambiente intrauterino constante a nível de temperatura e é nela que o bebé cresce. A rotura da bolsa de águas é passível de acontecer em qualquer altura da gravidez, contudo, o mais natural e habitual é que esta se dê no termo da mesma. As causas para esta rotura podem ser várias e, esta pode acontecer de forma natural ou artificial (RAM).

A rotura artificial de membranas (RAM), também chamada de amniotomia é prescrita por alguns profissionais com o objetivo de acelerar o trabalho de parto ou quando se deseja analisar as características do líquido amniótico.

Como método de indução do trabalho de parto, a RAM é raramente utilizada, uma vez que poderá aumentar o risco de infeção, pois ao rompermos a bolsa de água, a barreira entre a vagina contaminada e a cavidade uterina estéril, desaparece.

A amniotomia, como qualquer outro procedimento, só deve ser realizada após explicada e dado o seu consentimento.

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Prostaglandinas (comprimidos orais ou vaginais e fita vaginal)

Medicamento usado na indução do trabalho de parto.

Como qualquer medicamento, devem ser ponderados os riscos e os benefícios.

Raramente, como risco, pode provocar contratilidade uterina intensas, prolongadas e frequente, o que poderá diminuir o fluxo de sangue para o bloco feto/ placentar.

Apenas devem ser administradas prostaglandinas para induzir o parto, se houver um motivo válido que supere estes riscos.

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Ocitocina Sintética

A ocitocina sintética é outro medicamento usado para induzir o trabalho de parto. A sua administração é feita por via endovenosa. Obtém-se melhores taxas de indução com este fármaco, quando “localmente o colo do uteroi está maduro”. A dose de ocitocina é aumentada ou diminuída de acordo com a resposta do útero e do bem-estar fetal.

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Outros

Muitas “receitas” são sugeridas para desencadear o início do trabalho de parto. Se funcionam??? Vai-se lá saber. A verdade é que na grande maioria das vezes elas, se não fizerem bem, também não vão fazer mal. Por vezes é necessário muita ousadia, coragem e uma pitada de bom senso.

São exemplos:

1. Exercício físico

A atividade física, em geral, ajuda a relaxar, além de promover a libertação de endorfinas – hormona relacionada com a sensação de bem-estar. Movimentar-se, faz com que o bebé se posicione dentro do útero, promove a descida e o encaixe da apresentação e consequente pressão no colo uterino – o que auxilia no apagamento e dilatação do mesmo e, por fim, o nascimento. É por isso, recomendado às grávidas que no final da gravidez, façam uma “barrela” na casa, agachamentos, “caminhem”, “namorem”, tanto para ocupar o corpo como a mente.

2. Estimulação dos mamilos

Massagens suaves nos bicos das mamas, estimulam a libertação de ocitocina. Deverá fazer movimentos semelhantes ao de sucção, diariamente, massajando a área.

3. Aquecer-se

A medicina chinesa “prega” que, para entrar em trabalho de parto, a mulher precisa estar rodeada de calor. Daí vem a ideia de ingerir comida apimentada, como gengibre e canela. Na verdade, não existe evidência científica. O que se verifica é que esses alimentos têm efeito termogénico, isto é, aceleram o metabolismo.

Outra forma de aquecer o corpo, de quebrar, ficar relaxada, são os banhos quentes onde pode adicionar sais misturados com óleos essenciais. Não exagere na temperatura, pois não é para se torturar!

4. Óleo de Rícino

O óleo de rícino é um óleo vegetal, derivado da semente de uma planta chamada Ricinus, usado no Egito antigo para induzir trabalho de parto.

É um óleo laxante podendo causar diarreia e náuseas.

A sua ação é explicada pela massagem que as ansas intestinais em hiperatividade fazem no útero promovendo contrações no mesmo.

Não existem estudos, nem evidências científicas, que comprovem a sua eficácia (aliás, parece que funciona em 50% dos casos).

Deve ser usado com orientação adequada.

5. Óleo de Prímula

O óleo de Prímula contém prostaglandinas que ajudam a amadurecer o colo do útero.

Deve ser uma das últimas opções, uma vez que pode ter alguns riscos, como indução prolongada de um trabalho de parto, ou promover a rotura prematura das membranas.

6. Tâmaras

As tâmaras são frutas originárias do Médio Oriente e do Norte da África, ricas em fibras, hidratos de carbono que contém proteínas, potássio, cálcio, ferro, magnésio e vitamina A, C, D e B6.

Parece que na sua composição existe ainda uma substância semelhante à ocitocina que terá ação no colo uterino, facilitando o seu amadurecimento.

Há alguns trabalhos que mostram que as mulheres que consomem tâmaras na fase final da gravidez, iniciam o trabalho de parto espontaneamente e apresentam condições locais (colo) favoráveis, na chegada à maternidade.

7. Abacaxi

O abacaxi contém a enzima bromaleína que promove a dilatação cervical, ajudando o início do trabalho de parto. Porém a quantidade desta enzima é muito pequena. Se comer grandes quantidades desta fruta, pode também estimular o intestino e, como acontece com o óleo de rícino, pode aumentar a atividade uterina. A bromaleina é destruída quando o abacaxi é processado, ou no sumo de abacaxi.

8. Chás de folhas de framboesa, de canela…

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