O “toque vaginal” consiste na introdução de dois dedos na vagina para avaliar o estado do colo do útero em relação a dilatação (numa fase inicial fala-se em dedos – 1 ou 2 dedos – e depois em centímetros de dilatação), ao comprimento/extinção (resultados em percentagem: 50%, de extinção, 80%…), consistência do colo (duro, mole), à sua posição (anterior, intermédio ou posterior) e à altura do bebé na pelve.
O toque vaginal “seriado” permite-nos geralmente avaliar a evolução do trabalho de parto: a dilatação, a altura da cabecinha do bebé na pelve, a posição desta cabecinha na pelve.
Alguns profissionais conseguem perceber através das atitudes da grávida, (como por ex. a capacidade de conversação, o seu comportamento, o tom de voz, as vocalizações), altura da auscultação do foco fetal, frequência das contrações uterinas, a evolução do trabalho de parto sem necessidade de confirmar localmente.
O facto de o colo estar fechado hoje, não quer dizer que o bebé não vá nascer hoje. Da mesma maneira, se houver dilatação, não quer dizer que o parto não demore semanas… e às vezes, a dilatação completa não quer sempre dizer que “falta pouco”…
Os toques vaginais podem ser desconfortáveis ou dolorosos, e sabe-se que quantos mais toques forem realizados, maior o risco de infeção. Mas por vezes, é a própria grávida que se sente mais confiante se forem realizados toques vaginais com mais frequência.
Tem a possibilidade de solicitar ser examinada por um único profissional se isto for importante para sí. Ás vezes os próprios profissionais que a estão a acompanhar, podem solicitar uma “segunda opinião “a um colega.
A OMS orienta que, num trabalho de parto que esteja a evoluir normalmente, a avaliação pode ser feita por toque vaginal de 4 em 4 horas.
O toque vaginal deverá se efetuado somente após tomar conhecimento dos seus riscos (rotura das membranas, hemorragia e infeção – que acontecem raramente) e dar o seu consentimento.