Células estaminais, também chamadas células precursoras ou células mãe, são células com capacidade para darem origem às células especializadas que constituem os tecidos e órgãos do nosso corpo. Normalmente, esta especialização acontece ao longo de toda a vida. Devido às suas características especiais, elas são responsáveis pela reparação de tecidos danificados e a substituição das células que vão morrendo, sendo por isso, tão importantes no tratamento de diversas doenças.
- Diferenciação: a capacidade para se transformarem em diferentes tipos de células especializadas em determinadas funções.
- Autorrenovação: a capacidade de criarem novas células estaminais.
- Proliferação: a capacidade de se dividirem indefinidamente.
As fontes de células estaminais são o cordão umbilical (sangue e tecido – fragmento do cordão), tecido adiposo, medula óssea e sangue periférico
O sangue do cordão umbilical é 100% compatível com o próprio e existe uma probabilidade acima de 25% da amostra ser compatível entre irmãos dos mesmos progenitores.
Um transplante de sangue do cordão umbilical é um tratamento cujo objetivo é substituir a medula óssea doente ou deficitária de um indivíduo doente por células estaminais saudáveis, no sentido de regenerar a medula óssea do doente.
No que diz respeito ao tecido do cordão umbilical (fragmento do cordão umbilical), este é uma fonte rica em células estaminais mesenquimais, com propriedades diferentes das células do sangue do cordão. Estas podem diferenciar-se em cartilagem, osso e músculo, entre outros tecidos.
As células estaminais mesenquimais estão atualmente a ser investigadas no âmbito da medicina regenerativa, i.e. no desenvolvimento de órgãos e tecidos a partir de células estaminais. Já foram conseguidos os primeiros sucessos, sendo que ainda há muito por descobrir.
A par disso, as células estaminais do tecido são consideradas valiosas por terem a capacidade de atenuar a resposta imune quando utilizadas com células estaminais hematopoiéticas, podendo por isso reduzir as complicações nos transplantes alogénicos, ou seja, aqueles em que o dador e o recetor não são a mesma pessoa.
A maioria dos transplantes são para o tratamento de doenças do sangue e do sistema imunitário, mas as células do sangue do cordão umbilical têm sido também usadas no tratamento de doenças metabólicas.