A primeira hora de vida dum recém-nascido é tão importante que é chamada de “Hora Dourada” ou “Golden Hour”. É a hora mais importante de toda a sua vida. Isso quer dizer que tudo o que acontece nos primeiros 60 minutos após o bebé sair do conforto do útero vai ter influência no resto da sua vida. É um dos momentos mais determinantes para a construção de uma vida saudável. Assim sendo, qualquer procedimento que é feito, ou que deixa de ser feito nesta hora, terá consequências na vida daquele bebé e daquela família.
O famoso obstetra francês, Michel Odent, afirma que a “descoberta científica mais importante da segunda parte do século XX, década de 70, foi a de que o bebé necessita de sua mãe”. Durante muitos anos, os recém-nascidos foram separados das suas mães ao nascer, uma vez que foram criados procedimentos para o “melhor cuidar” da mãe e do bebé.
Por meio de experimentações e observações de mamíferos, descobriu-se que o bebé precisa ter o contato imediato com o corpo da mãe – e que todas as demais interferências podem e devem esperar.
Quando o bebé é separado da mãe e passa por procedimentos, muitas vezes desnecessários, e stressantes logo nos primeiros momentos da vida, ele já vivencia uma sensação de abandono, medo e violência.
Para que isso não aconteça, o bebé deverá estar sempre junto ao corpo da sua mãe para se sentir seguro, aquecido e confortável. Devemos proporcionar toda a sensação de segurança possível a este bebé que está a chegar a um mundo novo. Ao mesmo tempo, estaremos a possibilitar a aproximação precoce, o apego entre a mãe e filho para que o vínculo se estabeleça.
Então, o que fazer para que esse novo ser vivencie a sua “Hora de Ouro”? Simples: deixá-lo em contato com a pele da mãe imediatamente ao nascer. Os pais, juntamente com os profissionais de saúde envolvidos no nascimento devem ser facilitadores de todo esse processo.
Estudos mostram que o recém-nascido a quem é dada a oportunidade de vivenciar a sua Hora Dourada são mais saudáveis, têm menos infeções e maior chance de serem amamentados exclusivamente durante os seis primeiros meses.
