Alívio da dor

É possível que queira optar por não fazer qualquer tipo de analgesia farmacológica. Conseguir ultrapassar a dor depende muito da mulher, mas também do meio envolvente e da forma como os cuidados são oferecidos.

 

É importante descobrir ferramentas que poderão ser úteis e procurar apoio na equipa e no(s) acompanhante(s) que a ajudem a manter a calma e o controle. Tem que perceber o tamanho da sua motivação e quais as suas expectativas em relação ao parto natural.

 

É importante também que saiba, que na passagem do 1º(dilatação) para o 2º (expulsão) período do trabalho de parto, é muito frequente achar que já não vai aguentar mais. Às contrações nesta fase, aliam-se à vontade irresistível de fazer força. Isto poderá deixá-la um pouco confusa. É essencial ter a noção de que dentro de pouco tempo, tudo vai ter valido a pena.

 

Pontualmente, pode acontecer de se desligar de tudo o que está a acontecer à sua volta, ficar num estado de consciência profundo. É comum também ficar assustada, com muito medo ou até sem qualquer medo… Mas atenção, é importante que tenha consciência de que, se vai para o parto decidida a não fazer epidural e em determinada altura sente que já não aguenta mais, apesar de todas medidas de conforto que lhe são oferecidas, poderá sempre mudar de ideia e solicitar a analgesia epidural.

 

Portanto, é importante que não tome nenhuma decisão definitiva, o Plano de Parto é mesmo isso, um plano que poderá e deverá ser alterado sempre que for necessário para tornar a sua experiência de parto o mais positiva e inesquecível possível.

 

Algumas técnicas não farmacológicas poderão ajudá-la a ter um parto sem epidural: Técnicas de respiração, massagem, parto na água, terapias complementares (meditação, yoga, hypnobirthing, Reiki). O uso de óxido nitroso também pode ser um bom aliado para a fase final do período expulsivo, quando pensamos que não vamos conseguir.

 

Agora, uma dica: se alguma pessoa questionar a sua decisão de não querer epidural, pode perguntar na mesma medida, o que leva uma mulher correr uma maratona até ao final?

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Mobilização

A liberdade de movimento durante o trabalho de parto, permitir-lhe-á alternar as posições, proporcionando assim maior conforto, alívio da dor, aumento da eficácia da contratilidade uterina, encurtando o tempo de trabalho de parto, ao favorecer a descida do bebé. Deve adotar posições que lhe proporcionem maior conforto: sentada, deitada de lado, de gatas, de cócoras, de joelhos, de pé… Estas escolhas, favorecem a autonomia e o seu sentimento de capacitação. Todas as posições podem ser “treinadas” em casa para tentar perceber qual/quais são aquelas que lhe oferecerão mais conforto. Algumas mulheres alcançam uma conexão tão grande com o seu corpo e com o seu bebé que conseguem, através de movimentos da pelve, mais espaço para o seu bebé nascer, uma vez que a pelve não é rígida. Na verdade, os quatro ossos da bacia estão conectados entre si através de ligamentos. Gostamos sempre de comparar estes ligamentos à plasticina: inicialmente rígida, quando começamos a manipulá-la,  fica completamente mole, flexível e moldável. Assim acontece com os ligamentos da bacia: quanto mais movimento, menos rijo os ligamentos estarão e mais facilmente a pelve se abrirá, aumentado os seus diâmetros facilitando consequentemente a passagem do bebé que por seu lado está trabalhando juntamente com a sua mãe. Ao contrário do que muita gente pensa, o bebé é muito ativo durante o trabalho de parto. Se lhe for permitido, ele fará a sua parte também.

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Massagem

Durante o trabalho de parto, a massagem poderá ser uma aliada poderosa, que acalma a mãe, alivia o cansaço e transmite segurança, carinho e força. As fibras nervosas presentes na pele enviam os impulsos nervosos gerados por meio desse contato até ao cérebro, aliviando dores e tensões principalmente na fase latente do trabalho de parto. Se gosta de massagem, combine com o seu acompanhante para que ele possa fazê-la. A massagem deve ser feita no intervalo das contrações de modo a ajudar no relaxamento da musculatura lombar e pélvica para que quando chegar a próxima contração, esta possa ser recebida com maior conforto. A sensação de dor vai ser menor (sim, porque um músculo já tenso, ao contrair-se, a dor será muito maior). Use um óleo vegetal biológico. Poderá associar aromaterapia se usar um óleo essencial com poderes relaxantes como p.ex. a Lavandula angustifólia. Mas atenção que a qualidade do óleo é muito importante (veja se o mesmo é certificado) pois o tipo de óleo a ser usado faz toda a diferença.

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Água

O parto na água não é uma novidade, uma vez que remonta à Grécia Antiga. A água é usada como um veículo que proporciona um enorme sentimento de relaxamento físico e emocional, extrema leveza, além de facilitar a mobilidade da mulher. A imersão em água está relacionada com uma significativa redução da dor e do desconforto durante todo o processo de nascimento do bebé, reduzindo a necessidade de analgesia epidural.  Parece que ela encurta a fase de dilatação.

Em Portugal, o acesso à imersão em água durante o trabalho de parto e o parto nas instituições de saúde é ainda bastante limitado. A água pode ser usada nas diversas fases do trabalho de parto. O bebé pode ou não nascer dentro de água, mas é necessário que, até ao período expulsivo, a mãe esteja dentro de uma piscina, submersa até ao nível das mamas, quando está na posição de sentada. Parece ainda não haver consenso, no nosso país, em relação ao período expulsivo ser dentro da água. Não parece existir um acréscimo de efeitos adversos para a saúde da mãe e do feto.

Num parto aquático, a administração da analgesia epidural está contra indicada, pelo risco de dificultar os movimentos das pernas e não ser possível à grávida suportar o seu próprio peso, movimentar-se, entrar ou sair da piscina; pelo risco infecioso, pois o local da punção para colocação de cateter epidural é uma porta de entrada para microrganismos, circulantes na água da piscina.

Além disso, no caso de analgesia epidural, a mãe terá que estar ligada a monitores, sendo necessária a colocação de um cateter endovenoso numa veia para o soro e talvez uma algália no meato urinário, o que seria incompatível com um parto na água. Porém, a todo o momento pode alterar a sua escolha e optar pela epidural. Se pretende ter um parto na água, deve inicialmente fazer uma preparação específica para tal e procurar instituições e/ ou profissionais (parto no domicílio) que disponibilizem os meios necessários.

 

O bebé pode ou não nascer dentro de água, mas é necessário que, até ao período expulsivo, a mãe esteja dentro de uma piscina, submersa até ao nível das mamas, quando está na posição de sentada. Em Portugal parece ainda não haver consenso em relação ao período expulsivo ser dentro da água.

Não parece existir um acréscimo de efeitos adversos para a saúde da mãe e do feto.

Num parto aquático, a administração da analgesia epidural está contra indicada, pelo risco de dificultar os movimentos das pernas e não ser possível à grávida suportar o seu próprio peso, movimentar-se, entrar ou sair da piscina; pelo risco infecioso, pois o local da punção para colocação de cateter epidural é uma porta de entrada para microrganismos, circulantes na água da piscina.

Além disso, no caso de analgesia epidural, a mãe terá que estar ligada a monitores, sendo necessária a colocação de um cateter endovenoso numa veia para o soro e talvez uma algália no meato urinário, o que seria incompatível com um parto na água.

Porém, a todo o momento pode alterar a sua escolha e optar pela epidural.

Se pretende ter um parto na água, deve inicialmente fazer uma preparação específica para tal e procurar instituições que disponibilizem os meios necessários.

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Terapias térmicas

A utilização do calor ou do frio foi sempre um recurso terapêutico no alívio da dor desde há milhões de anos. As compressas frias podem ser aplicadas nas costas e na região inferior do abdómen uma vez que ela pode suavizar a dor durante toda a fase ativa do trabalho de parto e período expulsivo.

Do mesmo modo, a termoterapia pode ser utilizada na região lombar, assim como no períneo durante o período expulsivo. Além do efeito relaxante, o calor liberta endorfinas, bem como estimula recetores de toque e temperatura, amenizando a sensação de dor.

Vale a pena ressaltar que embora tenha bons resultados, o método possui mais efeito quando utilizado em associação a outros, como a bola suíça. A irrigação do períneo com soro morno no período expulsivo pode ajudar o relaxamento do mesmo diminuindo a ocorrência das lacerações perineais.

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Técnicas de relaxamento (respiração, meditação, Mindfulness, Gentlebirth…)

O termo “relaxado” é usado para referir-se ao relaxamento muscular, mas também a um estado de consciência caracterizado por sentimentos de paz e alívio de tensão, ansiedade e medo. Muitos dos desconfortos da gravidez e do parto (dor lombar, edema náuseas, falta de ar, ansiedade e, principalmente nas últimas semanas de gestação, stress) podem ser aliviados com técnicas de relaxamento. Consoante os sintomas existem atividades específicas que ajudam a amenizá-los, p. ex. alongamento, yoga, massagem, respiração profunda, relaxamento muscular, relaxamento mental, acupuntura.

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TENS (estimulação nervosa)

A estimulação elétrica transcutânea (EET) é um método coadjuvante não invasivo, que consiste em aplicar elétrodos na região lombar da gestante durante o trabalho de parto, com o objetivo de alívio da dor. Estes elétrodos geram estímulos elétricos de baixa tensão (a sensação é de formigueiro local) que podem inibir o envio dos estímulos dolorosos para a medula espinhal. O alívio das dores pode ser sentido em média vinte minutos após a colocação do aparelho. A intensidade dos estímulos pode ser controlada pela gestante. Parece que o TENS também pode promover a produção de endorfinas, causando uma sensação de bem-estar.

Nem todas as mulheres podem usar o TENS. Algumas contraindicações são: mulheres que usam pacemaker, que têm arritmias cardíacas, dores não diagnosticadas e alergias de contato.

Durante a realização da cardiotocografia ou outros exames que utilizam correntes elétricas para o diagnóstico, a TENS pode alterar os resultados.

 

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Reiki

É uma técnica milenar que pressupõe a imposição das mãos em determinados pontos do corpo que são chamados de chacras, para promover um melhor equilíbrio energético e consequentemente melhoria do bem-estar da mãe e bebé. É uma técnica bastante popular no nosso país.

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Yoga

São perfeitamente conhecidos os benefícios que a Yoga pode trazer para a gravidez, parto e pós-parto. Entre outras coisas, melhora flexibilidade do corpo, aumenta o tónus muscular e a oxigenação da mãe e do bebé; ajuda a diminuir a ansiedade, o stress e aumenta a serenidade e confiança em si própria. Facilita a assimilação das mudanças da gravidez e auxilia na preparação a todos os níveis, sem medo, para o nascimento e maternidade.

A prática de Yoga na gravidez proporciona autoconhecimento, foco, energia e confiança na intuição e instinto. Ajuda a descobrir que a força para a gestação, o parto e para cuidar do bebé, vêm de dentro.

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